“Qualquer objecto pode ser uma obra de arte. Qualquer coisa, mesmo que não seja um objecto, pode ser um obra de arte. (...) deixaram de existir limites formais ou fronteiras objectivas para definir aquilo que pode ou não ser arte.”
(...) “Todos os objectos têm design. Mesmo as coisas que não são objectos têm design. Pensemos na iluminação, design de luz, na coreografia, design deos gestos, na retórica, design da fala. Todos os objectos alguma vez produzidos resultam de um conceito pensado, ou resultam de um determinado sistema de pensamento, mesmo que este não se traduzisse conscientemente em conceitos aplicados à produção de objectos. Tudo é design.”
(...) “Então, porque é que falamos de arte ou de design?
Porque quando dizemos arte ou design, quando chamamos arte a uma coisa ou dizemos que uma coisa tem design, estamos a ganhar uma outra consciência e a dedicar uma outra atenção às coisas que estamos a observar ou a conceber.”
(...) “Uma consciência aberta e disponível, uma atenção entusiasmada e afectuosa, é isso que distingue os momentos em que se produz ou aprecia arte ou design. É isso que os distingue da mera repetição das rotinas do quotidiano, em que passamos pelos objectos e olhamos para as coisas sem as ver, sem pensar, sem sentir.” (pp. 112)
“Any object can be a work of art. Anything, even if it is not an object, can be a work of art. (...) there ceased to be any formal limitations in the definition of what can be considered as Art.”
(...) “All objects have got an element of design. Even things that are not objects have got this element of design. Lighting, light design; choreography, gesture design; speech, design of words. All objects ever created were subjected to a previous concept, or a thought process, even if this did not translate directly into the prodution of objects. Everything is design.”
(...) “Why do we either speak of art and design?
When we mention art or design, calling art or design to something we are gaining a new conscience and paying a different attention towards everything that we observe or create.”
(...) “What distinguishes the moments when we really produce or appreciate art or design is open-mindedness and emotional availability. That is what separates it from the routine of everyday living.” (pp. 113)
MELO, Alexandre. In VALENTIM, Levina — “Experimenta Reflex #1”. Lisboa : Experimenta – Associação para a Divulgação do Design, 1999. ISBN 972-98330-1-X
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