“Estamos emersos numa permanente orgia visual, ao ponto de já não nos apercebermos sequer da natureza da material que nos rodeia e envolve. A esse respeito sejamos claros: são imagens. Imagens que são concebidas, produzidas e postas em circulação e que, na dinâmica da sua circulação, dão forma aos nossos modos de imaginar, conceber, produzir, circular e ser. Ao ponto de o ‘ser’ se poder hoje definir como a capacidade de conceber, produzir e pôr a circular uma imagem de si próprio, ou várias imagens de si próprio, de acordo com as variações das circunstâncias e temperaturas.” (pp. 60).
MELO, Alexandre — Globalização Cultural. Lisboa : Quimera Editores, 2002. ISBN 972-589-077-9